Escola Superior de Arte e Design   /    Instituto Politécnico de Leiria
            Caldas da Rainha  2010                                                       2º semestre

Docente: Adriana Sá

 

Este site apresenta o programa de trabalho, que se articula em etapas sucessivas. O site tambem fornece uma série de links que facilitam o aprofundamento dos assuntos abordados nas aulas. Espera-se que o aluno extrapole o que for pertinente para o seu trabalho prático. Pretende-se também que desenvolva recursos de aprendizagem autónoma. A investigação, experimentação e aprendizagem técnica devem-se expandir transdisciplinarmente. As aulas proporcionam orientação tutorial, experiência criativa e contacto com alguns 'instrumentos inventados'.

 

Trabalhos dos alunos
Teste escrito - enunciado, correcção e resultados

Exame - enunciado
Avaliações detalhadas

Critérios de avaliação:

  • Empenhamento e participação
  • Capacidade de análise crítica
  • Reflexão/ pesquisa sobre os assuntos propostos, manifesta pela sua aplicação prática e criativa
  • Modo de utilização das ferramentas propostas
  • Articulação e expansão de uma perspectiva pessoal num contexto de colaboração

Ponderação da nota final:

QUALIDADE GERAL - 1 teste e 3 trabalhos (60%)
CONSCIÊNCIA / ANÁLISE (25%)
DESEMPENHO / PARTICIPAÇÃO (25%)
Nota: A optimização e upload de áudio para internet (streaming/ Java) é um pré-requisito para a avaliação.

Práticas etapas 1
Práticas etapa 2 Práticas etapa 3 Práticas etapa 4 Práticas etapa 5
 

DIAS 1 / 2 / 3

  • Apresentações.

    ver: uma utilização artística dos digital media
           resumo do trabalho artístico de A. Sá

  • O que é o som. Semelhanças e diferenças relativamente à luz e à cor.

  • Componentes do som: attack, sustain, release

  • Comprimento de onda vs. frequência.

    ver: o que é onda
           partes da onda
           propriedades da onda

  • Comportamento da onda quando atinge matéria; reflexão, absorção, perda de energia. Anglo de reflexão.

    Porque é que o céu é azul?

    Porque ouvimos mais as frequências baixas do que as altas através de uma parede?

    O que é reverb?

  • Percepção enquanto produto de contexto. Significado enquanto produto de contexto. Função orientadora da percepção. Bloqueamento dos sentidos. ver também: auditory_cortex

  • Papel da memória na expectativa. Repetição como criação de expectativas. Surpresa.

  • O que é música?

  • Objecto-em-si e objecto referido: dois significantes.
    Escutar: ny ny (3')

  • Noção de prática trans-disciplinar.

    Exercício:
    Vaguear pela escola de olhos vendados, prestando atenção aos diversos indicadores que diferenciam a percepção do(s) espaço(s).
    Discutir estas percepções colectivamente, nomeadamente a hierarquização subjectiva dos diversos tipos de estímulos.

  • O que é audição. Percepção do espaço. Ilusão auditiva.

  • Índices de profundidade espacial na imagem bi-dimensional. Indices de espaço na imagem sonora.

  • Significante sonoro. Relação entre som e significado extrapolado. Ícones e índices sonoros.

  • Noção de audio digital. Amplificação. Panorâmica

Trabalho prático Etapa 1

  • Ferramentas: especificidades técnicas de algum equipamento de gravação audio.

  • Gravações sonoras pela escola

    ATENÇÃO:

    proteger o microfone do vento e das aragens; a sua gravação não resulta; uma precaução possível será elaborar uma espécie de tenda à volta do mic (com um casaco, por exemplo)

    utilizar a entrada de microfone, que é pré-amplificada

    verificar os níveis de entrada antes da gravação; o som mais alto tem que ser inferior a 0 db, senão provoca distorção digital e a gravação fica inutilizável (geralmente, o modo "auto" é o.k. para MD)

    Questões para inspirar as explorações:

    Como é que a percepção opera com estímulos simultâneos?
    Como é que o som é captado e filtrado pelos sentidos, e como é condicionado pela captação tecnológica? E a imagem?
    Como é que o som adquire a sua especificidade num processo de (re)contextualização? E a imagem?
    Como é que o ‘interior’ e o ‘exterior’ se definem sonoramente, onde se encontra a passagem?
    O que são gestos sonoros e que significam?
    Como criar indices de movimento numa imagem estática?
    Como criar a percepção de movimento através do som?
    O que são sons 'figurativos' e abstractos? Como operar transições entre eles?
    O que são imagens ‘figurativas’ e ‘abstractas’?
    O que é um padrão de espaço?
    O que é um padrão de som?
    O que é um padrão visual?
    Como é que o som mapeia o espaço?
    Como é que o espaço mapeia o som?

  • Selecção, digitalização, corte, edição do material
    Mix: criação de peças sonoras (30"- 3'); aplicação das questões abordadas (maximização dramatúrgica com índices de espaço, utilização de panorâmica, gestualidade, etc)
    Software - Audacity, Peak, Soundforge, Cubase, ...

    ATENÇÃO:

    Durante o processo de digitalização áudio é fundamental ajustar os níveis de gravação antes da mesma: o processo varia consoante o sistema de computador e o software utilizado; é necessário configurar ambos de modo apropriado (incluindo a desactivação de pré-amplificação e efeitos), confirmando que o input seleccionado é o de linha e não de microfone (o input de mic pré-amplificado); o volume máximo tem que ser inferior a 0 db, sob pena de distorção digital (sempre indesejada, e irremediável).

    Os samples audio têem que possuir fade in e fade out, por mínimo que este seja: fisicamente, qualquer onda só pode ser 'cortada' quando amplitude = 0. Em formato digital, é possível cortá-la em qualquer local, independentemente da amplitude; no entanto, a reprodução audio desse ponto traduz-se em distorção digital, sempre indesejada.

TESTE ESCRITO E APRESENTAÇÃO DO TRABALHO.

DIAS 5 / 6


  • Noção de interface. Interfaces físicos.

  • Noção geral de comunicação serial e comunicação MIDI.

  • I-Cube

  • Noções de input, output, controller, mapeamento e processamento digital.

  • Apresentação do software ‘Lisa

  • Sensores de luz, de pressão e de rotação como controladores.

  • Lógica das ligações entre as unidades de hardware.

    ver: 'instrumento de luz sonora'

  • A lógica dos “instrumentleds”. Níveis de interactividade.

  • Mapeamentos múltiplos de um sensor. Parâmetros sonoros variáveis e invariáveis. Vozes MIDI.

    ver: emergência a partir da complexidade

  • Calibração de sensores.

Trabalho prático Etapa 2

  • selecção, corte, edição e remix de sons previamente recolhidos (em grupo, sample final com máx. 30s) para utilização com 'Lisa';

    ATENÇÃO:
    os samples audio têem que possuir fade in e fade out (ver explicação anterior)

  • ligações audio (CPU / sistema de amplificação), eléctricas (sensores / i-cube) e MIDI (i-cube / CPU)

  • mapeamento dos sons aos interruptores e controladores (i-cube e Lisa).

    tabela de mapeamento: sensores / i-cube / Lisa / samples

  • calibração e testes.

  • gravação dos samples controlados com sensores

    ATENÇÃO:
    ver as notas na etapa de trabalho anterior

APRESENTAÇÃO DO TRABALHO.

DIA 7

  • Som analógico vs. som digital.
    O que significa ‘optimização’

  • Noção de streaming media.
    Noção de network.

  • Optimização de som para difusão on-line; compressão de aif e wav para mp3;

    problemas com o Quicktime plug-in;

    streaming - JavaCode
Trabalho prático etapa 3 - a finalizar em casa

Organização do material numa página web: Trabalho prático colectivo (re)criado individualmente

< utilizar tabelas no html >
< agregar depoimento(s) verbalizado(s) sobre a pesquisa / ideia - é importante relacioná-los com itens referidos neste site >
< vídeo (noisemakers) - compressão de .mov para mp4; utilização do JavaCode >


ATENÇÃO!
A nomeação e modo de organização dos ficheiros html, jpg/png, wav/aiff é essencial. Nenhum ficheiro ou pasta pode incluir espaços, acentos ou cedilhas.

Considera a 'Alegoria da Caverna', algumas ideias subjacentes e extrapoladas de 'The medium is the message’, e ainda o quadro de Magritte intitulado 'Ceci n'est past une pipe'.

  • Analisa as relações possíveis tendo em conta os assuntos abordados na coluna adjacente.
  • Estabelece uma ponte para o modo como as 'narrativas sonoras' criadas se relacionam com a tua experiência durante a na etapa de trabalho 1

DIA 8

  • Tipos de onda sonora e características audíveis: onda sinosoidal, onda quadrangular, onda triangular.

  • Noção de síntese sonora.

  • Noção de gerador audio.
    Noção de modulação de frequências.

  • Os 'noise-makers' de John Klima.

Trabalho prático Etapa 4 - a finalizar em casa

  • Construção de osciladores a partir de componentes electrónicas, com John Klima, em grupos de 3 e 4.

      Circuito electrónico de um oscilador

      Reconhecer o valor das resistências fixas

      Como soldar o circuito de oscilador na placa

APRESENTAÇÃO DO TRABALHO.

DIAS 9 / 10 / 11

Trabalho prático Etapa 5
  • instalação e calibração de sensores, e de equipamento áudio; espacialização arquitectónica

  • improvisações com os materiais produzidos; articulação colectiva dos modos discursivos

    Questões para inspirar as explorações:
    Como (re)estabelecer a performatividade arquitectonica?
    Como tornar um espaço reactivo?
    A sobreposição de sons e de imagens pode criar dinâmicas morfológicas. Como, quais?
    O silêncio é uma abstracção que pode assumir muitas formas e funções. Como e quais?
    Como é que uma linguagem composta por diferentes gramáticas ganha identidade?
    E como se pode desenvolver?
    O que é a representação performativa do eu?
  • gravação e pós-edição dos produtos processados

  • compressão para mp3 e inserção na página web

  • Melhoramento e finalização de todos os trabalhos>

POSSÍVEL EXTENSÃO DO PROGRAMA:

Trabalho prático etapa 5:

  • selecção, corte e edição dos sons previamente recolhidos;

  • mapeamento dos mesmos em 'Audiographics'

  • improvisação performativa

AVALIAÇÕES FINAIS (DIAS 12 / 13)