Este plano de trabalho intercala momentos de exposição e reflexão teórica com etapas de trabalho prático, desenvolvido individual e colectivamente. Cada etapa pressupõe todas anteriores; um processo cumulativo e espiralóide. Os assuntos aqui enunciados são abordados de um modo mais ou menos geral, esperando-se que os alunos os complementem e aprofundem segundo respectiva pertinência no âmbito dos seus percursos pessoais.

Critérios gerais de avaliação: Empenhamento e participação. Capacidade de análise crítica. Reflexão/ pesquisa sobre os assuntos propostos, manifesta pela sua aplicação prática e criativa. Modo de utilização das ferramentas propostas. Articulação e expansão de uma perspectiva pessoal num contexto de colaboração.

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Exame época normal (PDF)

 

PROGRAMA

 

DIA 1
(2 / 3 / 09)

  • O que é o som. Semelhanças e diferenças relativamente à luz e à cor.

  • Comprimento de onda vs. frequência
         ver: o que é onda
                partes da onda
                propriedades da onda

  • Comportamento da onda quando atinge matéria; reflexão, absorção, perda de energia. Anglo de reflexão.
           Porque é que o céu é azul?
           Porque ouvimos mais as frequências baixas do que as altas através de uma parede?
           O que é reverb?

  • Percepção enquanto produto de contexto. Estímulo, sensação, psique. Reacção orientadora.
    Significado enquanto produto de contexto.

  • Papel da memória na expectativa. Repetição como criação de expectativas. Surpresa.

  • O que é música?

  • Noção de prática trans-disciplinar.


DIA 2 / 3
 
(9 e 16 / 3 / 09)

  • O que é audição. Percepção do espaço. Ilusão auditiva.

  • Índices de profundidade espacial na imagem bi-dimensional. Indices de espaço na imagem sonora.

  • Significante sonoro. Relação entre som e significado extrapolado. Ícones e índices sonoros.

Trabalho prático etapa 1:

  • ferramentas: especificidades técnicas de algum equipamento de gravação sonora.
  • gravações sonoras pela escola.
  • selecção / corte / edição de material para escuta colectiva - com os próprios suportes de gravação e/ou com freeware de edição de som (por ex. Audacity).
  • escuta e discussão colectiva.

     Questões a explorar:
     Como é que a percepção opera com estímulos simultâneos?
     Como é que o som é captado e filtrado pelos sentidos, e como é condicionado pela captação tecnológica?
     Como é que o som adquire a sua especificidade num processo de (re)contextualização?
     Como é que o ‘interior’ e o ‘exterior’ se definem sonoramente, onde se encontra a passagem?
     O que são gestos sonoros e que significam?
     Como criar a percepção de movimento através do som?
     O que são sons 'figurativos' e abstractos? Como operar transições entre eles?
     O que é um padrão de espaço?
     O que é um padrão de som?
     Como é que o som mapeia o espaço?
     Como é que o espaço mapeia o som?

 

DIA 4
(23 / 3 / 09)

Trabalho prático etapa 2:

  • digitalização, corte e edição dos sons previamente recolhidos para utilização com 'Lisa';
  • ligações audio (CPU / sistema de amplificação), eléctricas (sensores / i-cube) e MIDI (i-cube / CPU)
  • mapeamento dos sons aos interruptores e controladores (i-cube e Lisa). Calibração e testes.

      tabela de mapeamento: sensores / i-cube / Lisa / samples



DIA 5
(30 / 3 / 09)

  • Tipos de onda sonora e características audíveis: onda sinosoidal, onda quadrangular, onda triangular.

  • Noção de síntese sonora.

  • Noção de gerador audio. Noção de modulação de frequências.

  • Os 'noise-makers' de John Klima.

Trabalho prático etapa 3:

  • Construção de osciladores a partir de componentes electrónicas, com John Klima, em grupos de 3 e 4.

      Circuito electrónico de um oscilador

      Reconhecer o valor das resistências fixas

      Como soldar o circuito de oscilador na placa


DIAS 6 / 7
(6 e 20 / 4 / 09)

  • Apresentação dos trabalhos realizados até ao momento: gravações digitalizadas, misturas individuais, misturas colectivas de samples para processamento com ‘Lisa’, osciladores em processo de construção.
  • Compressão dos ficheiros audio para mp3, inserção de plugins e organização de 'portfolios' html.

 

DIA 8
(27 / 4 / 09)


DIAS 9 / 10
(4 / 5 a 6 / 1 / 09)

Trabalho prático etapa 4 :

  • melhoramento dos materiais sonoros a processar com Lisa
  • gravação dos produtos processados
  • instalação e calibração de sensores, e de equipamento áudio; espacialização arquitectónica
  • improvisações com os materiais produzidos; articulação colectiva dos modos discursivos

    Questões a explorar:
    Como (re)estabelecer a performatividade arquitectonica?
    Como tornar um espaço reactivo?
    A sobreposição de sons e de imagens pode criar dinâmicas morfológicas. Como, quais?
    O silêncio é uma abstracção que pode assumir muitas formas e funções. Como e quais?
    Como é que uma linguagem composta por diferentes gramáticas ganha identidade?
    E como se pode desenvolver?
    O que é a representação performativa do eu?

 

POSSÍVEL EXTENSÃO DO PROGRAMA:

  • Apresentação do software ‘Audiographics’.

    Trabalho prático etapa 5:
  • selecção, corte e edição dos sons previamente recolhidos;
  • mapeamento dos mesmos em 'Audiographics'
  • improvisação performativa